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Presença de patógeno está ligada a aumento de 32 vezes no risco da doença
Por Chloé Pinheiro Atualizado em 30 mar 2022, 16h34 - Publicado em 30 mar 2022, 16h21
Depois de anos de investigação, um estudo vem apontar o dedo para a íntima relação entre o vírus Epstein-Barr e a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa capaz de gerar fadiga crônica e prejuízos à visão e à locomoção.
A análise envolveu dados de 10 milhões de militares americanos em um período de 20 anos. Conclusão: depois do contato com o patógeno, explodia o risco de ser diagnosticado com a condição.
“A teoria é que a ação do vírus em nosso genoma interfira no sistema imune, favorecendo a agressão do próprio corpo ao cérebro”, explica o neurologista Mateus Boaventura, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
A expectativa é que, no futuro, vacinas possam deter o agente e reduzir o risco da esclerose múltipla.
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O Epstein-Barr
Vírus é extremamente comum:
- O que ele causa?
Provoca a doença do beijo, ou mononucleose, que atinge mais jovens e dá dor de garganta, inchaço nos gânglios, tosse e perda de apetite. - Como é transmitido?
Pela saliva, e é bem difícil não pegar. Estima-se que 95% das pessoas tenham tido contato com ele alguma vez na vida. - Sempre dá sintomas?
Não, mas o novo estudo revela que o risco de esclerose múltipla (EM)é maior entre quem chegou a desenvolver manifestações da infecção. - Ele provoca EM?
Aqui cabe uma ponderação: a doença é multifatorial. O vírus atuaria como um gatilho em pessoas geneticamente suscetíveis a ela.
Aplicativo apoia a rotina de quem tem a doença
Estima-se que 40 mil brasileiros convivam com a esclerose múltipla. Embora ela seja progressiva e não tenha cura, o diagnóstico e o tratamento adequado são capazes de amenizar crises e retardar a piora do quadro.
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Medicamentos e sessões de fisioterapia são fundamentais, mas o monitoramento constante dos próprios sintomas também é importante para detectar cedo algum sinal de atenção.
Aí que entra o Cleo, aplicativo de celular gratuito criado pela Biogen, agora disponível no país. No programa, o usuário tem acesso a conteúdos sobre a doença e o tratamento e mantém um registro do humor e das condições de saúde. E depois pode dividir tudo com o médico.
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